Brasil tem de dobrar número de mamografias, diz governo
O Brasil precisa dobrar o número
de mamografias entre mulheres de 50 a 69 anos para chegar a um índice
considerado ideal pelo Ministério da Saúde. O exame é considerado
essencial para diagnosticar o câncer de mama, o segundo que mais
mata mulheres no País. A meta, em 2014, é realizar 3,8 milhões de
exames nesta população, considerada de maior risco para a doença.
No primeiro semestre deste ano, a marca alcançada foi de 1 milhão.
“Estamos no meio do caminho”, disse o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha.
O número é 41% maior do que o
registrado no primeiro semestre de 2010, quando 726,9 mil exames
foram feitos. Quando se analisam dados gerais (mulheres com mais de
40 anos) o aumento também é notado. No primeiro semestre de 2012
foram 2,2 milhões de exames, 28% a mais do que o 1,7 milhão
registrado no mesmo período de 2010.
“Foram
registrados avanços, mas há muito o que fazer”, diz Maíra
Caleffi, mastologista e presidente da Federação Brasileira de
Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama).
Maiara conta que apenas 20% dos
diagnósticos de câncer de mama ocorrem nos estágios 0 e 1,
iniciais da doença - quando há 95% de chances de cura e o risco de
mutilação é menor. Na maior parte dos casos, o diagnóstico é
feito nos estágios 3 e 5.
A mastologista disse ainda ser
inaceitável a média de tempo entre o diagnóstico e o início do
tratamento no SUS: 180 dias, quando o ideal seria de 21 dias. “É
esse o prazo concedido para pacientes de planos de saúde. Por que
aceitar que mulheres atendidas pelo sistema público tenham de
esperar mais?”
Os
números foram apresentados na segunda-feira (01), no lançamento do
Outubro Rosa de 2012, quando o Congresso foi iluminado de rosa. O
movimento internacional para incentivar a detecção precoce do
câncer de mama passou a ser feito no Brasil em 2010. As informações
são do jornal O
Estado de S.Paulo.